Será que sou diferente
Ou simplesmente não gostam de mim
Será que nunca seguirei em frente
E esta falta de consideração não terá fim?
De que servem os cursos que tirei
Se por muito que queria não os uso
De que serve o tempo que gastei
De que serve o dinheiro que lhe podia ter dado outro uso
Porque me julgam inferior
Porque me desterram para este lugar
Serei eu a pior
Ou simplesmente não me querem aturar
Serei inútil de verdade
Ou simplesmente obediente de mais
Serei o cúmulo da inutilidade
Ou de outras coisas tais?
Estão a passa-me um atestado de burrice
Ou simplesmente me esqueceram aqui
Serei eu o cúmulo da burrice
E para burra nasci?
Porquê esta solidão
Este desamparo a que fui votada
Porque me deixam nesta “escuridão”
Neste pólo abandonada
Enche-me de tristeza
A falta de coragem de alguém
Alguém que tenho a certeza
Que de todo não me quer bem
Porquê tanta hipocrisia
Porquê tanta falta de lealdade
Eu não pedia muita mordomia
Eu só pedia a verdade
Aqui continuo
Atirada sem nada para fazer
Aqui continuo
Destinada a perdida permanecer.
Hoje enterro o meu passado
Acaba quem conhecerão
Acaba o Homem fadado
Acaba o ser com que conviveram
Fecho o coração num baú
Dispo as minhas vestimentas
Passo a ser um Homem nu
Passo a ser alguém sem “prendas”
Afasto-me de quem se quer afastar
Deixo-me cair no esquecimento
Ninguém irei procurar
E aqui acaba o meu lamento
Abdico de quem desejo
Deixo-a seguir livremente
Abdico de quem desejo
Espero não me tornar deprimente
Já não me ama mais
Não sei se por culpa minha será
Mas que fique assente nos anais
Que este aqui sempre a amará
De sorrateiro foi entrando
Na sua vida um rapaz
Sorrateiramente foi roubando
O seu coração audaz
Diz que lhe vai dar uma oportunidade
Que talvez assim deseje o seu coração
Ponho em causa que essa seja a verdade
Ou será algo que sente com imaginação
Dói-me perde-la, é verdade,
Dói-me vê-la fugir
Mas tanta foi a minha ingenuidade
Que me levou a tarde reagir
Tal como os Filipes nos “roubaram” a coroa
Este rouba-me a paixão
Não há dor que tanto me doa
Que este quebrar do coração
Mas de oportunidades aproveitadas
Se faz toda a história
E ele pode passear as vaidades
Desta sua maior vitória
Este Filipe não me roubou a nação
Roubou-me a minha flor
Foi esperto e sabichão
E levou o meu amor
Mas o passado fica encerrado
Guardado por tigres e leões
E superiormente vigiado
Por águias e dragões
Acabou tudo o que conhecem
De mim e do meu ser
Vão ver alguém que desconhecem
Pois este aqui acabou de morrer
Encerro assim um capítulo
Desta triste e infame vida
Que é curta e intensa
E tem muito para ser vivida
Se algum dia reconsiderares
Que sei que não o farás
Tens tudo para encontrares
O baú onde o meu coração fechei
Que sejas muito feliz
Que gozes muito a vida
Eu vou ser o infeliz
Que esta mesmo ao virar da esquina
Vou enganar meio mundo
Dizendo que tudo está bem
Mas sabendo Deus que lá no fundo
Algo me falta para alcançar o bem.
Vou sorrir e fazer rir
Vou esconder o meu chorar
Vou tentar os erros corrigir
Para ninguém mais magoar
Parte para os braços do teu amor
Dessa paixão que sabes não ser real
Desse astuto conquistador
Que espero que não te faça mal
Aqui termina a minha luta
Aqui pouso o armamento
Aqui me fecho nesta gruta
E silenciosamente solto o meu lamento
Espero que como Portugal
Te “livres” do “Filipinos”
Não te desejo nenhum mal
Mas desejo o cruzar dos nossos destinos
Vou andar por aí
Sabes como me contactar
Vou andar por aí
A meio mundo enganar
Vou sorrir e brincar
Vou dizer que estou bem
Mas á espera de resgatar
O baú que escondi bem.
Acabou a minha luta
Já não entro em euforias
Esta casa, que é o coração, está devoluta
E não se esperam melhorias
Adeus bruxinha, flor, mau feitio
Que ele te faça feliz
Eu estarei sempre do outro lado do fio
Caso ele te faça como eu fiz
Adeus até quando quiseres
Aqui terás sempre um amigo
Que te escolheu entre todas as mulheres
E te trás no pensamento sempre consigo
Parabéns bravo Filipe
Pelo “golpe” que me deste
Pela astúcia que demonstraste
Pela forma como crescer me fizeste
Obrigado, bela Mi
Pelo que me demonstraste
Por tudo o que contigo vivi
Por tudo o quanto me ensinaste
Que sejais felizes
Mesmo que dite a minha infelicidade
Aqui fecho o coração
Aqui morre este ser de vaidade
A todos os que me conhecem
Esqueçam que existi
Talvez não me reconheçam
Agora que forçosamente renasci.
Olá de novo
És tu e eu
E tudo o que a gente viveu
Olá de novo
Sou eu e tu
E o meu desejo cru e nu
Como te posso dizer
O que sinto e o que desejo
Como te posso levar
A que troquemos um beijo
É que eu não sei viver sem ti
Eu não sei viver sem te ver
Eu contigo cresci
Eu sei que te desejo ter
Sei que errei, admito
Sei que fiz muita asneira
Mas não julgo que seja um mito
Quando digo que agora pode ser de outra maneira
Dá-me uma oportunidade
Deixa-me aproximar outra vez
Deixa-me provar que é verdade
Todo o amor que aqui vês
Eu não quero ser memória
De bons e maus momentos
Não quero fazer parte da história
Entre sorrisos e lamentos
Deixa-me provar que é verdade
O que te digo ao ouvido
E tomo já a liberdade
De te pedir que namores comigo
Já não sou uma ilusão
Já nem sei porque o fui
Mas em mim corre paixão
Entre o sangue que em mim flui
Não me digas não outra vez
Não te entregues a outra pessoa
Deixa-me tomar a sua vez
Antes de saberes que ela te magoa
Eu não quero ser memória
Deixa-me ser o teu presente
Vamos reescrever a história
De uma forma decente
Deixa-me fazer-te sorrir
Dar-te todo o prazer
Deixa-me de novo sentir
O que é por perto te ter
Como amiga sei como é
Mas quero evoluir
Quero como namorada te ter
Como Deusa te possuir
Dá-me uma oportunidade
De te fazer feliz
Pois eu sei que de verdade
Feliz nunca te fiz
Uma só oportunidade
De te provar todo o meu amor
E eu juro que é verdade
Quando digo quer tu és a minha flor….
Não sei como dizer
Ou como reagir
Mas deixei de o ter
Deixei-o fugir
Perdi quem pensava amar
Perdi quem me fazia bem
Mas não há volta a dar
E não sei como será no tempo que aí vem
Coloquei tudo em primeiro
Olhei para o meu umbigo
E no esforço derradeiro
Reparei que já não estava contigo
E… Afinal havia outra
Uma pessoa que o encantou
Que lhe deu atenção
Algo que eu já não dou
Deixei de regar o namoro
Deixei fugi-lo para não mais voltar
Porque, afinal havia outra
Outra miúda que o soube encantar
Agora como posso remediar
Ou tentar reconquistar
Alguém que “consegui” afastar
Sem conta, sequer, me dar?